quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Conto III

Sílvia, 25 anos, divorciada há duas semanas. Um casamento doloroso de 6 anos. Foi vítima de violência doméstica e foi violada vezes sem conta no último ano pelo seu ex-marido Rui. Encontrava-se a caminho de Sines para passar uma longa temporada, para aliviar todo o sofrimento que havia passado no último ano. Pela tortura que havia passado, até agradece a Deus, não ter tido filhos, pois estes iriam sofrer eternamente, e talvez ganhar raiva para com o pai. Quando Rui a violou pela primeira vez, não percebeu o porquê dele o ter feito. Passado algum tempo, descobriu que Rui tinha uma amante há 3 anos. Começou a ser violentada de todas as maneiras possíveis e impossíveis de imaginar. Deu entrada nos HUC por várias vezes, mas nunca deu queixa na PSP, pois tinha ganho pavor dele. Assim que casaram, compraram casa mesmo no centro de Coimbra. Agora com o divórcio, venderam a casa, e dividiram a meio os ganhos da venda. Sílvia tinha ganho uma boa soma, para além daquilo que já possuía por mérito pessoal. Conhecia Rui desde os seus 14 anos. Namoraram durante 5 anos. Nunca imaginou que iria sofrer tanto com a pessoa que amou desde sempre, o seu primeiro e único amor que teve até à altura. Amava-o loucamente. Neste momento, depois de tudo o que passou, a única coisa que sentia em relação a Rui, era nojo, ódio, raiva. Já não o via há um mês, desde que assinou os papéis do divórcio.Foi acampar no parque de campismo, mesmo no cimo de Sines. Assim que chegou deu entrada no parque de campismo, estacionou o carro, montou a tenda, tomou banho e foi jantar. Após a refeição ficou na esplanada a fumar tranquilamente, até se sentir cansada o suficiente para se recolher, no seu cantinho. Pagou a despesa e dirigiu-se para a tenda. Mas não dormiu. Teve pesadelos com Rui a noite inteira, se dormiu duas horas foi muito. Acordou mais cansada do que já se sentia. Tomou o pequeno almoço, vestiu o biquini, e foi até à praia. Colocou protector solar e deitou-se a bronzear. No meio da manhã, decidiu ir dar um mergulho. Em Sines a água é muito fria. Saiu da água e foi dar um passeio à beira-mar. Por volta da hora de almoço, voltou para o parque, almoçou e da maneira como se sentia cansada, decidiu ir dormir um pouco. Dormiu a tarde inteirinha Até à noite. Levantou-se foi tomar banho e depois foi jantar, depois de comer decidiu descer até à cidade e ir a um bar. Assim que entrou reparou num homem, mais ou menos com 190 cm, moreno cabelo preto e olhos cor de avelã. Era o segurança do bar. Passou a maior parte da noite no bar, e nunca tirou os olhos dele e vice versa. Antes de sair, foi à casa de banho. Quando voltou, ele já lá não estava. Ficou triste, pois gostaria de o voltar a ver. Assim que saiu, ele estava encostado a um Honda Civic Type R Branco igual ao seu, devia ser dele. O segurança dirigiu-se a Sílvia e disse-lhe:


- Boa noite, quer dizer não tarda é Bom Dia - disse, mostrando o seu sorriso, capaz de deixar qualquer mulher de rastos, de tão belo, encantador e charmoso, tal e qual como ele.

- Sim tens toda a razão.

- Não pude deixar de reparar que ambos não desviámos os olhares um do outro durante toda a noite..

- Com tanta beleza junta é impossível não deixar de reparar. Sou a Sílvia e tu geitoso?

- Muitíssimo prazer. O meu nome é Maurício.

- Maurício, que tal um passeio à beira-mar?

- Parece-me muito bem.


Despiram-se e ficar em fatos de banho. Guardaram as roupas e o calçado no carro de Muarício. Durante o passeio, deram-se a conhecer intimamente, Sílvia contou-lhe toda a sua vida e como tinha sofrido com Rui. Maurício ficou imensamente nervoso, pois não suporta a violência, quer da parte do Homem, quer da parte da Mulher. Mesmo que ele com a profissão que exerce, por vezes, tenha de recorrer a ela.


- Passas-te muito nas mãos desse canalha.

- E continuo a passar. Esta noite não consegui dormir com tantos pesadelos com o Rui.

- Sempre que estiveres comigo, não quero que profiras o nome desse sujeito nojento. Ok, Sílvia?

- Ok.

- Querida, adoro a tua companhia e a tua pessoa, mas necessito de dormir. Vamos voltar, e vou mesmo ficar mesmo no carro, com o sono com que estou não estou em condições de conduzir até Cascais.

- A minha tenda tem dois quartos, se quiseres podes dormir num deles.

- Se não te importares, agradeço.

- Claro que não, bora.


Assim que chegaram à tenda ela colocou as suas coisas na mala do carro, e foram-se deitar. Perto do 12h, Sílvia acordou foi à casa de banho. Quando voltou não resistiu a ir espreitar Maurício a dormir. Parecia um verdadeiro Deus Grego. Deitou-se a seu lado, ele abriu os olhos e perguntou-lhe:


- Tens a certeza, Sílvia?

- Sim - disse, beijando-o logo de seguida.


Fizeram amor durante várias horas. Acabaram por se levantar perto da hora de jantar, foram tomar banho e foram jantar a Cascais. Maurício, passou por casa e foi mudar de roupa. Depois de jantar passaram a noite em casa de Maurício. Passado um mês Maurício e Sílvia começaram a namorar. Depois acabaram por comprar uma vivenda em Sines. Compraram também um estabelecimento. Este passou a ser um Karaoke. Ao qual colocaram o nome de Honda Casi Karaoke. Honda, porque ambos têm um Honda Civic Type R Branco; Casi, porque a história de ambos passou-se em Cascais e Sines, logo tem as suas primeiras sílabas. Mauricio ficou como segurança. Mais tarde Sílvia engravidou de um menino chamado Gonçalo. O Karaoke acabou por ficar para Gonçalo.


Estrelinha*

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