quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Conto II

Ali estava ela, Mariana de 23 anos, no Penedo da Saudade. Desde pequenina que tinha a paixão pelo desenho. Estava ali sentada há 2 horas a desenhar a paisagem com que se deparava, o Estádio da Cidade de Coimbra, quando de repente, um homem, mais ou menos da sua altura se sentou à sua beira no banco a admirar a sua belíssima obra de arte. Meteu conversa com ela perguntando-lhe:
- Peço desculpa por incomodar o tue trabalho, mas não pude evitar de admirar o teu belissímo desenho.
- Ah, não tem problema, já estou mesmo a acabar.

- Ok. então acaba, queria fazer-te umas perguntas.

- Por mim tudo bem, dá-me 5 minutos.


Quando Mariana acabou disse-lhe:

- Ok. Pergunta o que quiseres. Estou pronta.

- Para já o meu nome é Márcio e tu artista?

- Mariana.

- Tens mais desenhos que eu possa ver, Mariana?

- Sim, estão aqui estás plenamente à vontade.

- Obrigada-disse-lhe, pegando no seu bloco de papel cavalinho.

- Meu Deus, são maravilhosos. Perante a minha visível admiração, tenho uma proposta para te fazer.

- Força!

- É o seguinte, eu tenho uma galeria de arte perto do Portugal dos Pequenitos. Conheces?

- Então é daí que eu te conheço. Eu gosto imenso de frequentar a tua galeria.

- Realmente agora que falas, bem que a tua cara não me era estranha.

- Quero propor-te fazeres lá uma exposição dos teus desenhos. Pago-te 5000€. Aceitas?

- 5000€. Que fixe. Era mesmo disso que eu estava a precisar. Quero fazer uma viagem à Holanda, para poder enriquecer a minha visão artistica.

- Óptimo. Assim ganhamos os dois.

- Quando é que queres fazer a exposição?

- Para o mês que vem.

- Ok. Olha logo à noite passo por lá.

- Tudo bem até logo.

- Tchau Márcio.


Márcio era Cabo-Verdiano, alto e de olhos verdes e tinha 27 anos. Mariana era alta, ruiva e tinha os olhos negros como carvão. Eram 22h quando Mariana entrou na Galeria D'Arte.


- Mariana, boa noite, pensei que já não viesses.

- Que ideia! Prometido é devido.

- Então vais tomar alguma coisa, beleza?

- Sim, quero uma Frize de Groselha, se faz favor.


Mariana passou a ir à Galeria todos os dias. Chegou a ficar à conversa com Márcio quase até de manhã. Tinham tanta coisa em comum. Odia da exposição, foi esplandoroso. Ganhou imensos contactos, todos adoraram o seu belíssimo trabalho. No dia seguinte Mariana estava na Galeria como combinado às 9h00 para receber a sua quantia choruda.

- Bom dia, Márcio.

- Bom dia, Mary.

- Bem, adorei a noite de ontem, foi fantástica. Mas tenho uma coisa para te confessar.

- Que coincidência, eu também. Mas diz tu primeiro.

- Tudo bem-ao dizer isto, Mariana beijou Márcio, apaixonadamente. Ao qual ele correspondeu.

- Eu amo-te querida.

- Eu também. Muito.

- Bem, em primeiro eu vendi a galeria. Segundo, podíamos viajar juntos, assim o queiras.

- Que maravilha, vou ter as duascoisas que eu mais queria. Uma viagem à Holanda e principalmente não vou sozinha, vou levar-te comigo.

 
Passados dois meses partiram para Amsterdão. Estiveram por lá durante 6 meses. Depois voltaram para a terra natal de Márcio, Cabo Verde. Acabaram por lá ficar. Casaram passados 2 anos. Mariana engravidou de uma menina. Alice, nasceu mulatinha, muito, muito linda e parecidissima com a Mariana, sua mãe. Alice ficou em Cabo Verde até aos 18 anos. Aos 18 anos voltou para Coimbra, para entrar na Universidade de Coimbra e licenciar-se em História das Artes tal e qual como mãe. Alice tinha um jeito interior para o desenho. Chegada a Coimbra, Mariana e Márcio compraram-lhe um apartamento mesmo pertinho da Galeria. Alice passou a frequentá-la sempre que podia. Por ironia do destino, acabou por se apaixonar pelo dono da Galeria, Ricardo, tal e qual a sua mãe, quando se apaixonar há 22 anos por Márcio, na altura, actual dono da Galeria D'Arte.


Estrelinha*

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