domingo, 23 de janeiro de 2011

Conto VII

Beatriz estava sentada na paragem a olhar para o Millenium BCP, como sempre fazia todos os dias enquanto esperava o autocarro para ir para casa. Todos os dias olhava aquela reunião, sempre com os mesmos homens engravatados. Mas havia um que lhe despertava um certo interesse. Pois vinha todos os dias à janela daquele gabinete limitado, com uma mesa redonda e cadeiras suficientes para a quantidade de homens necessários naquela reunião, que aos olhos dela era bastante entediante. Aquele homem saia sempre poucos minutos antes do seu autocarro aparecer, olhava para ela e lançava-lhe um sorriso.
Um dia Beatriz decidiu que ia para a porta do Banco e esperar aquele homem sair e ver qual a sua reacção. Enconstou-e acendeu um cigarro, e passados poucos minutos ele saiu. Ela disse-lhe boa noite, ao que ele respondeu com um sorriso rasgado. Beatriz antes de mais, averiguou se ele não tinha nenhuma aliança, embora ele pode-se ser casado e não usar aliança. Como não tinha ela perguntou-lhe o nome e ele disse que se chamava Henrique. De seguida pediu-lhe desculpa mas tinha mesmo de ir embora mas não sem antes trocar os números de telemóvel. Henrique disse que lhe ligava. Beatriz aceitou despediram-se e ela foi apanhar o seu autocarro. Assim que chegou a casa, Beatriz posou as suas coisas e foi tomar banho. Morava sozinha, num apartamento em São Martinho. Quando acabou de tomar banho vestiu-se e foi fazer o jantar. Depois de jantar, telefonou à sua amiga Marta e combinaram encontrarem-se na Praxis. Beatriz desceu, entrou na sua carrinha Renault Laguna. Chegada à Praxis já a Marta estava encostada ao seu Renault Mégane. Entraram, sentaram-se pediram dois cafés e Beatriz contou-lhe tudo sobre Henrique, Marta achou interessante e perguntou-lhe se ela não queria ir até ao Calhasbar. Pagaram e lá foram cada uma em seu carro. Assim que lá chegaram sentaram-se e Marta foi ao balcão buscar dois Safari-Cola. Quando Marta estava a chegar à mesa, Beatriz reparou que Henrique acabara de entrar e ficou em êxtase. Marta viu Henrique e disse a Bia que ela tinha escolhido bem, era um homem charmoso e na casa dos 25 assim como Bia. Bia levantou-se da mesa e fez de propósito para esbarrar em Henrique, este quando se virou e viu que era Bia, ficou surpreendido, pois estava mesmo a pensar nela e em lhe ligar para ela ir até lá e agora estava mesmo à frente dela. Ele convidou-a a sentar-se na sua mesa com os seus amigos.
Mas ela preferiu sentar-se na única mesa vazia que havia. Sentaram-se e conversaram.
Henrique era solteiro, moreno, 1,85cm, vivia em São Martinho, por sinal era praticamente vizinho de Bia e tinha 27 anos. Bia, também solteira, ruiva, 1,65 cm e tinha 25 anos. Como Bia já sabia Henrique trabalhava no Millenium, Bia era secretária num escritório de advogados. Henrique convidou-a para jantarem no dia seguinte. Bia aceitou obviamente sem pensar duas vezes. Bia e Marta acabaram por se ir embora pouco depois disso.
Sábado. Bia acorda às 9h com Henrique a ligar-lhe. Furiosa por ele a ter acordado atendeu sem mostrar a sua fúria. Ele logo percebeu que ela se encontrava a dormir e pediu-lhe desculpa, mas só lhe estava a ligar para lhe perguntar se ela não queria ir dar uma volta com ele e ela só lhe pediu uma hora. Henrique disse-lhe que vestisse bikini. Bia levantou-se, foi tomar banho tomou o pequeno-almoço e foi a varanda e Henrique já estava enconstado ao seu BMW X6 a fumar um cigarro. Ela desceu, entraram e ela acendeu um cigarro e seguiram em direcção a Sul. Bia perguntou-lhe onde iam e ele só lhe disse que era o seu sitio favorito. Três horas depois estavam em Sines. Bia adorava Sines. Como já era hora de almoço, foram para o restaurante mais perto da praia e entraram, não comeram nada muito pesado, ficaram-se por uma salada, porque estava muito calor. Depois de comer, foram-se sentar na esplanada a fumar um cigarro e a beber café. Desceram até à praia e deitaram-se a apanhar sol. Bia pediu a Henrique para lhe espalhar protector nas costas e ele acedeu com muito gosto. Depois deitou-se de barriga para cima e adormeceu. Bia passado um tempo, levantou-se e foi dar um mergulho. Quando voltou deitou-se em cima de Henrique e beijou. Ele acordou sobressaltado, mas correspondeu fogosamente e virou-a e ficou em cima dela. Ela empurrou-o e puxou-a até à água. Já dentro de água beijaram-se até que a vontade era tanta que acabaram por fazer sexo. E foi tão bom quanto Bia esperava. Bia estava a precisar de libertar o stress, já não estava com alguém há quase um ano. Repetiram e depois sairam da água estenderam-se ao sol e quando já estavam secos levantaram-se vestiram-se e foram para o carro. Dentro do carro envolveram-se mais uma vez, como os vidros eram fumados ninguém viu nada. Fumaram um cigarro e rumaram de volta a Coimbra. Acabaram por ficar no apartamento da Bia e nem se lembraram da fome que já lhes atormentava o estômago, foram direitos ao quarto e continuaram o que tinha começado em Sines. Prolongou-se pela noite dentro.
De manhã, Henrique acordou e foi fazer o pequeno-almoço. Depois levou-o à cama. Bia já estava acordada e a fumar um cigarro. Comeram e voltar a dormir. Passaram quase o dia todo a dormir uma vez que durante a noite tinha acontecido tudo menos descanso. À noite, Henrique voltou para o seu apartamento e combinou apanhá-la à porta do prédio às 8h. Beijaram-se e ela voltou para a cama e so acordou no dia seguinte com o despertador. Quando estava pronta desceu e Henrique já lá estava. Deixou-a no escritório e combinou levá-la para casa. Acabaram por ir viver juntos para o apartamento da Bia que era maior, até porque ela estava grávida de trigémeos. Três meninas. Sílvia, Maria e Bianca.

Estrelinha*

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